Sempre admirei Joseph Ratzinger. Desde a época em que era Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé. Na época, conhecido como o "Cardeal Tanque" pela imprensa maldosa e sensacionalista. Mas até do apelido eu gostava. Para mim ele era mesmo um "Panzer", passava mesmo por cima de tudo para defender a pureza da nossa fé.
Minha admiração por Ratzinger começou quase que por osmose. Se o cara (desculpem a audácia!) era tão próximo a JP2, homem de extrema confiança, que o acompanhou desde os primórdios de seu pontificado, não poderia ser um qualquer né? Pois é, não era! Bastou ler alguns textos para a "admiração por osmose" ter vida própria. Pôxa, ele tem "só" oito (isso mesmo!!) Doutorados, fala seis idiomas fluentemente, foi colaborador do Concílio Vaticano II e, ainda mais por isso, em toda a sua vida foi fiel a Deus e à fé católica.
Essa admiração cresceu ainda mais quando li pela primeira vez sua Homilia de abertura do Conclave que falava sobre a Ditadura do Relativismo (na minha humilde opinião, a mais impressionante que já li!). Confesso que "torci" para que aquele conclave terminasse com a fumaça e o Ratzinger vestidos de branco! Mas seria impossível, aos olhos humanos. Joseph já tinha 78 anos, já havia pedido por três vezes aposentadoria, estava cansado... Seria impossível, se a Igreja fosse governada por mãos humanas, como insistem em dizer alguns jornalistas "especialistas" em Vaticano e jogos de Futebol de Botão.
Pois bem. O Para era Bento XVI! E essa admiração se transformou em amor quando comecei a acompanhar bem de perto seu Pontificado. Suas cartas, homilias, catequeses. O Papa Tanque resolve escrever sobre o Amor. Passa por cima de nós como um tanque mesmo, o tanque da Misericórdia de Deus! Nos presenteia com um verdadeiro tratado sobre a Esperança. Eleva os meios de comunicação, entra nas redes sociais, twita!!
Esse amor cresceu e se transformou em filiação quando, no seu Pontificado, fomos, nós da Comunidade Católica Shalom, reconhecidos definitivamente como um dom para a Igreja. Já estava bom né, se Deus não tivesse me dado a honra, o presente de por duas vezes me encontrar com ele. Uma vez no inesquecível encontro de Madrid, na JMJ 2011, onde vivi a maior aventura de toda a minha vida. E o segundo, em Roma, quando recebemos de suas mãos a aprovação definitiva dos Estatutos Shalom.
Tudo estava indo muito bem, quando, no dia 11 de Fevereiro de 2013, recebo a notícia: O Panzer renunciou! E agora?! O que houve?! Alguns dias se passaram, muitas boboquices da imprensa também e Bento XVI me surpreende mais uma vez. Que humildade! Quanta sabedoria! Num mundo onde ditadores e políticos se apegam ciosamente ao poder. Onde as pessoas querem para sempre ficar jovens e produtivos, Bento XVI diz: "Deus me chama a servir a Igreja de um modo mais compatível com minhas forças e idade".
Oito anos de Bento XVI. Oito anos de um testemunho de fé, humildade, oração, sabedoria. Oito anos de um Tanque, não de guerra, mas de Misericórdia. Eu só posso me encher ainda mais de carinho, admiração e muito amor por este homem impressionante! Obrigado Bento XVI. Eu te amo!
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